Paperback, 296 pages
Portuguese language
Published Sept. 27, 2018 by Companhia das Letras.
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Published Sept. 27, 2018 by Companhia das Letras.
A crônica de uma família no Rio de Janeiro que compartilha o humor particular e o desgosto genético.
Glória conta a história dos Alencar Costa e Oliveira, uma “família de doentes imaginários”. Eles se comunicam com chistes, tiradas, diálogos zombeteiros. Falam o oposto do que querem dizer ou repetem as mesmas frases até que passem a ter outro sentido. Neste caso, o bordão oficial da casa quando algo dá errado ― a comida queima no forno, os filhos não param quietos ― é “Deus é, era, gago”. Serve, como se vê, para quase todas as situações. Além do humor idiossincrático, os Alencar Costa e Oliveira têm outra característica em comum. Ninguém da linhagem morre de doença ou de acidente. A melancolia aguda, fatalidade que se repete de geração em geração, é a maldição que paira sobre o sobrenome. Esta talvez seja a única tradição da família: a causa do óbito, …
A crônica de uma família no Rio de Janeiro que compartilha o humor particular e o desgosto genético.
Glória conta a história dos Alencar Costa e Oliveira, uma “família de doentes imaginários”. Eles se comunicam com chistes, tiradas, diálogos zombeteiros. Falam o oposto do que querem dizer ou repetem as mesmas frases até que passem a ter outro sentido. Neste caso, o bordão oficial da casa quando algo dá errado ― a comida queima no forno, os filhos não param quietos ― é “Deus é, era, gago”. Serve, como se vê, para quase todas as situações. Além do humor idiossincrático, os Alencar Costa e Oliveira têm outra característica em comum. Ninguém da linhagem morre de doença ou de acidente. A melancolia aguda, fatalidade que se repete de geração em geração, é a maldição que paira sobre o sobrenome. Esta talvez seja a única tradição da família: a causa do óbito, invariavelmente, é o desgosto. Com erudição, graça e inventividade, Victor Heringer traça o destino de três irmãos ― Daniel, Abel e Benjamin ―, misturando referências literárias e notas de rodapé improváveis. Neste livro nonsense e engenhoso, o estilo à la Machado de Assis se funde ao cotidiano carioca do século XXI, quando as formigas invadem o bairro da Glória e os personagens frequentam uma sala de bate-papo virtual em que a palavra de ordem é a ironia.
Sobre o Autor
VICTOR HERINGER nasceu no Rio de Janeiro, em 1988. Prosador, poeta e ensaísta, publicou Automatógrafo (7 Letras, 2011) e O amor dos homens avulsos (Companhia das Letras, 2016), entre outros. Glória (7 Letras, 2012) ganhou o segundo lugar do Prêmio Jabuti na categoria romance. Faleceu em 2018.